sábado, 12 de dezembro de 2009

Enfim, comendo pão de queijo em casa!

Em BH num sábado a noite. Como é bom estar de volta a Minas. Ainda que não seja a minha cidade natal e esta só seja a segunda vez que visito Belo Horizonte, é como estar em casa! Já comi quatro pães de queijo e, apesar de ter andado pouco dessa vez por aqui, já vi muitos lugares e pessoas interessantes.
Essa cidade é mágica, gostosa, seu cheiro é diferente (e não é cheiro de poluição não), é cheiro de gente divertida, simpática e acolhedora. É cheiro da minha Minas Gerais. Já estava carente desse calor humano, mineiro.
Enfim, não posso me estender muito, porque roubei o notebook do carinha da república em que estou hospedado. Rs. Só queria escrever um pouquinho no Língua; não consigo ficar muito tempo longe daqui não. Passei só para informar aos linguarudos de plantão que eu estou me sentindo muito bem, já em casa!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Twibllogando

Aí, Linguarudos de plantão. Tô indo viajar agora e logo depois voltarei para carangola. Meu acesso à internet está meio restrito lá, visto que a minha casa está em reforma e minha família está na casa da minha avó. Não sei como ficará a minha frequência por aqui, mas sempre que der ou puder, postarei uma novidade.

Beijo com lambida Linguarudos.

Twibllogando

Fórmula para ter dor nas costas. Vá dobrar as suas roupas sobre a cama para arrumar a mala de viagem. Acredite, funciona!

Dúvida:

Alguém achou o post "α ... ω" chato?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Twibllogando

Arnaldo Jabor fala de sexo. Confira:


http://www.youtube.com/watch?v=ZlcU3ebdoLo


Arnaldo Jabor fala de relação homem X mulher. Confira:


http://www.youtube.com/watch?v=2twAn3Y7HjI&feature=related

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

α ... ω

De dentro daquele líquido espesso e quente nascia, por entre as pernas da mulher, aquela criança. Era um menino que veio à luz num entardecer de setembro. Nasceu sem bigodes e, apesar de ter mais cabelo do que qualquer outro bebê, a calvície era acentuada. Não trajava nada, nenhum linho ou ceda de muito respeito. Chegara nu, como é típico de um recém-nascido. E esperneava, após receber um tapinha na bunda, pela enfermeira. Era novo e as mulheres já lhe davam tapinhas na bunda!




Já limpo e trajado em vestes nobres, era alimentado por muitas papinhas e levado para passear em seu carrinho, uma cadeira de rodas. Os dentes começavam a apontar nas gengivas murchas. As costas começavam a se endireitar. A calva, com sua penugem rala e fina, já não existia; tinha dado lugar a uma vasta cabeleira em seus anos de rock. Não demorou muito a falar, parou de balbuciar baboso. Com certeza falava!



Foi uma criança ativa e bagunceira. Fazia muita arte e, desde novo, já mostrava estar além de seu tempo. Um artista, com certeza, em todos os sentidos. Estudante de brilho - apesar de ter reconhecimento de poucos. Criança prodigiosa. Muito incompreendido por todos que lhe cercavam. Recebeu muitas palmadas, mas isso não lhe traumatizou muito.



Demorou para que, com as pernas firmes, estivesse livre de sua cadeira de rodas. Já andava com as próprias pernas. Demorou ainda mais para subir às escadarias do Jornal, onde sonhava, mais tarde, se tornar chefe. Inflamaria com seus discursos políticos e encheria seus pais de orgulho. Subiu muitas vezes às escadarias da mente também, coisa que lhe fascinava muito. E levava jeito com isso. O que lhe fez surgir uma incrível vontade de cursar psicologia.



Mas o destino lhe pregou muitas peças. Entrou para a faculdade de engenharia, onde passou por muitos apertos, o que já era de se esperar, visto que não levava muito jeito e nem tinha muita paciência com os números. Mas teve sucesso em sua vida profissional.



Os cabelos já começavam a cair e os bigodes já precisavam ser aparados, na maioria das vezes, raspados.



Aos poucos, com o passar dos anos, foi voltando a fazer suas bagunças e até a receber alguns puxões de orelha, agora de sua esposa, que assumira a difícil tarefa de sua sogra. Continuava sendo incompreendido pelas pessoas. Já não era tão ativo. Foi esquecendo das palavras e parando de falar. Também desaprendeu a andar, e voltou a usar uma cadeira de rodas. Precisava de fraldas, como no tempo de sua infância.



Já não tinha mais a vasta cabeleira dos seus anos de rock. No lugar, readquirira aquela calvície com rala penugem, mas ainda tinha mais cabelos do que qualquer recém-nascido. Os dentes caíram e agora só lhe restavam aquelas gengivas murchas dentro da boca. Por causa disso, voltou a comer papinhas.



Vivia levantando as saias que, inocentes e distraídas, passavam por perto dele. Procurava sempre por entre as pernas das mulheres, talvez na esperança de voltar lá pra dentro e sentir o líquido espesso e quente de sua formação embrionária, numa saudade inconsciente, talvez. As costas voltaram a se encurvar. Babava, como na infância.



Mas foi em um entardecer de inverno que, dentro de sua banheira com líquido não muito espesso, mas quente, esperneando, veio a falecer. Assim terminou um ciclo normal, de uma vida normal, que poderia ter sido muito, porém não havia sido mais.

Diálogo

Uma mulher entrou no bar.
- Oi.
- Oi.
- Você vem sempre aqui?
- Não.
- E por que veio?
- Precisei.
- Pra quê?
- Não é da sua conta.
- Hum, tá. Éééhhh...

[silêncio]

...

- Sabia que você é muito bonita?
- Sabia.
- O que você faria se eu te desse um beijo agora?
- Tchau.
- Hum...Até logo.

- Hahaha.

Foi embora.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Flamerdistas, 2012 já chegou???

Esse negócio de futebol é engraçado. Sei que vou ser muito criticado pelo que vou escrever aqui, principalmente pelos flamenguistas que dirão que tudo isso é inveja, recalque, ou coisa parecida.

Já percebeu que os jogos mais bagunçados são os do Flamengo? São as comemorações mais inconvenientes e perigosas. Dá medo andar na rua.
Fico observando esses torcedores malucos, fanáticos, que saem às ruas buzinando os seus carros, gritando feito loucos, soltando foguetes em lugares que, se tivessem um pouquinho só de consciência do que estão fazendo, saberiam o quanto é perigoso.


Me senti, hoje, em um lugar completamente desconhecido e estranho. Ou melhor, o lugar é conhecido, mas as pessoas e as situações são muuuito estranhas. Vai falar que você sair às ruas e se deparar com um multirão de pessoas vestindo camisas (horríveis por sinal) listradas de vermelho e preto não é estranho?! Essas pessoas vão caminhando feito zumbis pelo meio das ruas, conflitando com carros, e às vezes balançando tanto os automóveis que chegam a levantar do chão.
Sinceramente, me senti muito estranho e isolado, com uma sensação de solidão imeeensa, quando voltei da minha prova hoje, vestindo uma camisa branca e me deparei com uma legião de zumbis uniformizados de vermelho e preto pelas ruas. Fiquei até com medo de me atacarem. Credo!


Essas pessoas pareciam ter vindo de outro lugar ou até mesmo de outra época. Comunicavam-se com um dialeto tribal, uma mistura de "UUUUUUUUHHHLLLL" ou "IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIEEEEEEEEEELLLLLLLLHH" ou até mesmo "UUUAAAAAAAAAHH". Sério mesmo! Deu muito medo! Agiam feito animais. Teve uma hora em que achei que um maluco ia me acertar quando jogou a garrafa de cerveja dele pela janela do carro, deixando a rua cheia de cacos de vidro. É, sem dúvida, um animal mesmo, neh?


Estranhei nao terem muitos pêlos, cabelos grandes e despenteados, andarem com uma tora na mão e arrastarem suas mulheres pelos cabelos. Mas, também, o que eu vi não estava muito distante disso não. Eu que pensava que as mortes deveriam diminuir muuuito quando o Flamengo ganhava, agora tenho sérias dúvidas com relação a isso.


Essas pessoas se comunicavam através de buzinas também, em ritmos e compassos totalmente descompassados e sem sentido. Acho que deve ser a modernização de seus gritos tribais. Uma forma de se comunicarem mais alto e sem danificar a garganta. Afinal, as buzinas não se diferenciavam muito dos sons que emitiam ferozmente de suas bocas.

Em parte, eu até tento entender. Talvez isso seja uma forma de extravasar tantos anos de derrotas reprimidas. Se eu não me engano foram 17 anos sem vencer o brasileirão. Estou certo? Que comemorem então, com suas manifestações tribais e pré-históricas, bem longe de mim!

Estou tão cansado que estava pensando em sair e ir um pouquinho ao cinema hoje, mas acho que vou ficar quietinho em casa. Aqui ainda é mais seguro!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Soluço?
Susto!
Cigarros
Tragam
Pigarros.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tirinha:


Twibllogando

Uma dica: se tanta gente pode se reunir para comprar ingressos para a final do brasileirão, pq não fazem o mesmo para brigar pelos seus direitos? Eu sei que a maioria de vcs são flamenguistas, mas até os traficantes e ladrõezinhos saem perdendo com a pouca vergonha da maior organização criminosa deste país, o CONGRESSO NACIONAL - CN. O dinheiro que eles SEMPRE roubam lá é o futuro do jovem ou adolescente que vai enfiar o revolver na sua cabeça quando estiver parado no sinal. Pense nisso.

Twibblogando

Vocês também perceberam que o DEM deu uma repensada nas atitudes que irão tomar com relação ao Arruda depois que este começou as ameaças de jogar a merda no ventilador? por que será?!!?! DEM, juntamento com todo o CN, já estão tão podres e a merda já tão grande que até vazou. Vai feder mais!

Twibllogando

A grande verdade é que brasileiro só fica incomodado com a corrupção quando não está lucrando com ela.

Twibllogando

Tô doidão ou vocês também ouviram as gargalhadas do capeta quando os políticos do DF estavam rezando? Bizarrice total!

Tenham fé deputados, que o que é de vocês está guardado ... nos cofres públicos!

Entrevista com Tico Santa Cruz

Entrevista que não foi publicada.
A entrevista a seguir foi feita pelo jornalista do O Jornal do Brasil - Ricardo Schott.
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Os predicados "músico" e "ativista" sempre aparecem ao lado de seu nome quando se fala em você, pelo fato de você ter o Voluntários da Pátria, estar sempre ativo nas redes sociais, etc. Como você vê o fato de, solitariamente, fazer com que o público de rock e música pop pense, tome alguma atitude?
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Dizem que não há censura no Brasil, mas isso é uma falácia. A Censura está estabelecida pela mesma lógica na nova ideologia de grande parte dos artistas que é a preocupação exclusiva com seus lucros e rendimentos financeiros. Tratar de qualquer assunto político no Brasil é mexer com aqueles que direta ou indiretamente comandam boa parte do mercado “cultural” de massa, ou seja, desde os contratantes de shows grandes que possam estar vinculados a prefeituras ou políticos até alguns meios de comunicação que estão nas mãos desses mesmos personagens. Além do mais uma grande empresa jamais desejará vincular seu produto a gente que possa questionar o mecanismo pelo qual se atinja os alvos. Dessa forma está praticamente neutralizada qualquer intenção de se colocar a frente de tais assuntos. Se você não aceita participar do jogo dessa maneira existem milhares de outros artistas disponíveis para fazerem o papel do cordeirinho de empresários. O público brasileiro em geral, moldado por um formato pasteurizado sob a conduta do vamos, "festejar o tempo inteiro" e falar sobre nossos casos de amor que não deram certo", se sente desconfortável para tratar e cantar em massa coisas relacionadas a um assunto do qual eles querem distância que é exatamente as mazelas políticas e sociais que lhes trazem alguma frustração e sofrimento. Para muitos é melhor esquecer do que refletir para a busca da mudança; e ai vamos deixar claro que estamos falando do mainstream que é quem dita e tem a chance de impor uma opinião. Dar opinião hoje em dia é coisa de gente amargurada e chata como eu.
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Você credita seu envolvimento com questões além-música ao que aconteceu com o Rodrigo Netto? Como isso ficava na sua cabeça antes? Mesmo na época dos primeiros discos já havia o desejo seu e da banda de fazer algo mais?
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Quando escolhi cursar Ciências Sociais na UFRJ foi porque a história da minha vida e meus interesses intelectuais sempre estiveram presentes. É óbvio e não sou hipócrita em afirmar que no desejo de montar uma banda de rock não estava inserido a fantasia de viver o lema que hoje é tão politicamente incorreto do sexo, drogas e rock n’roll. Estar na estrada, ter fama, grana e mulheres a disposição. Contudo uma hora pode ser que você perceba que isso é apenas um lado da infinidade de horizontes que se pode viver uma vez que você tem seu reconhecimento. Nos primeiros discos do Detonautas temos canções que falam explicitamente de política como “Ladrão de Gravata” e metaforicamente como “O Bem e o mal”. No segundo disco temos “Mercador das almas” por exemplo, apenas para ilustrar. É claro que para vender discos nenhuma gravadora vai apostar em letras como estas, mas estão lá para os fãs. Em absolutamente todos os shows do Detonautas o assunto de sempre foi tratado, inclusive de forma exagerada da minha parte que por diversas vezes acabou com a banda saindo de cidades do interior do país sob escolta da polícia ou ameaças. Minha postura particular, não representa necessariamente a opinião de todos da banda de modo que com o próprio Rodrigo tive diversas conversas a respeito de ter ou não esse discurso presente. A diferença nessa história toda é que apos a tragédia isso se potencializou em Ações extra banda e com o interesse de alguns setores da mídia o meu nome passou a estar vinculado a estas questões.
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Tem uma história de que numa manifestação, nos anos 90, quando nem havia Detonautas, você chegou a tirar a roupa em público na Praia de Ipanema. Isso é verdade? Fala mais disso.
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Na verdade eu fui preso em 96 no “apitaço” que aconteceu em Ipanema quando uma leva grande de policiais fora reprimir o uso da maconha no posto nove. Todos recebemos apitos para avisar a presença da polícia embora não estivéssemos portando ou usando drogas. Um amigo meu fora detido por manifestar e eu fui questionar o policial a respeito da prisão. Estava apenas de roupa de banho e como a autoridade se sentiu desafiada com minhas perguntas resolveu me deter e me levar como estava para a delegacia onde dei entrada sem minhas roupas e meus documentos que estavam numa barraca de praia. Passei o dia e parte da noite detido até que um advogado interveio e conseguiu minha liberação por configurar que estava apenas me manifestando e não cometendo algum crime como os policiais quiseram insinuar.
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Artistas como Renato Russo, Humberto Gessinger e Cazuza eram (é, no caso de HG) compositores que faziam a juventude pensar, mas não necessariamente eram pessoas ativas, que se envolviam com causas, escreviam cartas para jornais. Para você é necessário que o artista envolva-se mesmo com algo além da música?
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Apenas se sentirem confortáveis com essa intervenção. Estes compositores viveram sob um Período de ditadura, tinham todo um contexto que lhes influenciava de forma muito viva em suas letras. Hoje estamos num estado democrático, teoricamente não sabemos quem é o Inimigo e não percebemos que estamos sendo jogados contra nós mesmos o tempo todo. A “Liberdade de expressão” é uma conquista que não faz a menor diferença nos dias atuais entre boa parte dos artistas, simplesmente porque eles não tem absolutamente quase nenhum interesse em usá-la para manifestar seus posicionamentos mais contundentes. Todo mundo é amiguinho de todo mundo e vamos aparecer sorrindo nas revistas de futilidade distraindo o povo com nossas vidas particulares e com nossos bens materiais porque isso é bem mais atraente do que um cara falando sobre as mazelas da população, as conseqüências da corrupção e o comodismo e a omissão da sociedade. Nos anos 80 músicas com conteúdo tinham espaços nas rádios pelo contexto da época. Experimenta tentar escrever algo assim atualmente e fazer sucesso... Aquele que conseguir terá todo o meu respeito. O Rock está sofrendo um processo de infantilização. Vamos todos queimar no fogo da Disney.
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Você viu a violência de perto na sua banda. Como fica teu coração ao passar mensagens de paz com os Detonautas no palco? Imagino que deve ser uma emoção e tanto acabar um show e falar algo como "abraça a pessoa que tá do seu lado"...
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É confusa essa questão. Não passo mensagens de paz, passo mensagens de contestação do padrão estabelecido. Digo aos jovens, querem ser rebeldes? Então leiam, estudem, sejam inteligentes, essa é a maior rebeldia que vocês podem demonstrar num pais de analfabetos e Analfabetos funcionais. A questão do amor ao próximo que tantas religiões e religiosos pregam parece constrangedor quando se pede para praticar a máxima Cristã que é “ame ao próximo como a ti mesmo” as pessoas tem vergonha de abraçar quem não conhecem. É mais fácil dar um soco na cara ou xingar um palavrão do que estender a mão ou demonstrar algum afeto. Quando conseguimos fazer com que o público se abrace coletivamente e que dance ao som de uma canção que propõe esse tal “amor”, é claro que emociona. Muita gente depois aparece no camarim ou me aborda na rua dizendo que se sentiu muito mais leve e feliz e levando a máxima do “O Amor é a única revolução verdadeira” como meta.
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Como vc começou a se interessar por música? Antes dos Detonautas vc chegou a ter banda? Sempre foi vocalista?
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Minha mãe sempre cantou e tocou violão. Sempre gostei muito de ouvir rádio. Minha influência inicial é de Rock Brasileiro, só fui fazer contato com o Rock estrangeiro bem depois. Na escola tentei cantar numa banda, mas minhas composições eram muito radicais e me lembro que o pai de um dos componentes desse grupo que é um figurão de uma gravadora importante, comentou certa vez com o seu filho, que hoje é um produtor bem sucedido “esse menino ( apontando pra mim ) não serve para a banda. Hoje eu acho graça disso, porque eles tinham razão mesmo, não serviria jamais para a tal banda que chegou até a fazer algum sucesso na época dos Mamonas Assassinas. Enquanto eles falavam de feijão e caminhão, estava eu com “Jesus Cristo foi chacinado” ou “Porque Papai Noel não é negro?” **Risos** coisas de adolescente.
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Tem uma história de que seus pais não davam muito apoio para sua carreira no começo. Como foi quando você resolveu ser músico? Você chegou a trancar alguma faculdade?
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Minha família por amor a mim e pela visão de que artista no Brasil não é valorizado tinha muito medo de que eu me transformasse em mais um frustrado no meio de tanta gente que tem algum talento e não obtém reconhecimento. Entendo eles. Meu pai e minha mãe me deram apoio sempre. Outros membros da família é que duvidavam ou desdenhavam de minhas intenções. Sempre estive envolvido com projetos artísticos nas escolas, fosse pelo teatro, fosse pela musica. Trabalhei durante muito tempo como “operador de Videokê” animando festas e fazendo a noite em alguns bares pela praça XV. Fiz mais duas faculdades depois de ciências Sociais, mas tive de trancá-las. Resolvi ser musico quando percebi que seria a única maneira de atingir meus sonhos sem depender de algum atravessador que pudesse me alçar a um lugar de destaque. Assumi a produção e os eventos relacionados a banda e fomos ganhando espaços na marra.
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Detonautas tinha, conforme você mesmo me disse numa entrevista, uma "imagem Malhação". O fato de vocês terem resolvido fazer um som mais pesado no terceiro disco e, de depois, vc ter abraçado uma linha mais consciente no seu trabalho, não fez com que as pessoas te olhassem com preconceito?
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A mesmas pessoa que critica a mídia quando vai tecer comentários a respeito de algum artista faz uso do caminho que encontrou para ter contato com ele. O que é uma grande contradição certo? Se o fulano é um indivíduo consciente e independente quando sugere ao destacar e rotular alguém, deveria no mínimo se aprofundar um pouco mais para finalmente congelar seu alvo num produto “malhação” ou seja lá qual for. Eu usei conscientemente o caminho que escolhi para chegar até aqui. Sou darwinista, acredito que aquele que não se adapta desaparece. Naquele ano em que o Detonautas fora lançado o que tínhamos como opção para mostrarmos nosso trabalho eram esse canais, essas roupagens, então como qualquer outro animal no meio da selva me adaptei ao formato e fui em frente. Isso jamais anulou minhas convicções internas, tanto que nos shows como disse antes, os discursos e as musica B estavam presentes. Depois que estabelecemos o nosso nome e amadurecemos com o conhecimento real do que acontece por trás das cortinas então partimos para o nosso jeito próprio de abordar o Rock e estamos trilhando um caminho que considero digno.Ainda não atravessamos a ponte e veja como são as coisas, hoje não somos mais o sonho de consumo dos adolescentes e nem ganhamos totalmente o respeito do público adulto, porém, acredito que isso é só uma questão de tempo.
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Hoje o que o Voluntários da Pátria tem feito? Como são as apresentações do grupo e que atividades vocês fazem?
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Temos algumas frentes bem diferentes. Durante 3 anos promovemos diversas manifestações lúdicas para tentar chamar atenção da sociedade para algumas questões. Sem modéstia nenhuma posso afirmar que nós fomos os primeiros e os que mais incentivaram as manifestações públicas nessa cidade no intuito de obter alguma união com os demais grupos e conseguimos. Depois da morte da Cleyde do “Gabriela eu sou da Paz” é o “Rio de Paz” quem se movimenta com melhor desenvoltura no Rio. Nós não somos uma ONG, não queremos dinheiro de ninguém para não atrelarmos a interesses de terceiros. Queremos ter liberdade de trânsito entre todos os tipos de pessoas. Digo que o Voluntários é a “cruz vermelha” dessa história. Passamos desde presídios a escolas e Universidades, ajudamos a montar bibliotecas em comunidades carentes, hospitais e creches e fazemos algumas performances teatrais e musicais para ganharmos dinheiro que paga os integrantes e as Ações. O Voluntários segue.
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Como você concilia os dois projetos?
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Na verdade hoje são TRÊS e mais alguns particulares relacionados a parcerias com outros artistas da musica Brasileira. A Agenda do Detonautas é prioridade óbvia, sem recursos que preciso para pagar minhas contas não posso trabalhar como voluntário em mais nada. Porém conseguimos marcar nossos compromissos de forma organizada. Durante a semana o Voluntários atua e nos fins de semana é o Detonautas que me leva aos lugares.
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Numa época, tinha poesia e momentos mais conscientes no próprio show dos Detonautas. Como você faz para que a coisa nao fique over, exagerada? Já te passou pela cabeça que o público poderia estar querendo ver outra coisa?
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Essa época permanece. Ainda recito eventualmente poemas ou letras de musicas que considero interessantes. O que diminui foram os discursos de 18 minutos **Risos** que fazia entre uma musica e outra. A banda não pode virar um partido político ou uma organização revolucionária, não é a proposta dos componentes. Sem Duvida nenhuma que aquilo deveria irritar muita gente que estava lá apenas para se entreter, ouvir musica e procurar um par. Contudo foi um aprendizado importante para que pudesse equilibrar as questões. Hoje lido muito melhor com isso, opto por pequenas Pílulas e uso a internet para aprofundar as questões. Não obrigo e nem dou prêmios para que as pessoas lêem meu blog ou me sigam no Twitter e assim vou fazendo o que considero a minha parte nessa história.
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Hoje em dia quase não explora mais letras conscientes no Brasil. Por mais que Detonautas não seja uma banda de "letras de protesto", a atitude consciente sempre acha lugar nos discos de vocês. Dá solidão fazer isso praticamente sozinho no rock nacional?
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O que seria de mim sem a terapia? Talvez mais um suicida na história do Rock? Quantos se foram ou se entregaram por perceber que a população não esta definitivamente interessada em mudar as coisas. O que busco hoje é tentar burlar com palavras a tal da “Censura” aos assuntos mais sérios. Meu objetivo é fazer letras que tenham estas mensagens embutidas mas que ao mesmo tempo possam ser cantadas sem que as pessoas percebam que estão tratando de certos assuntos “desinteressantes”. Outro dia no perfil do Twitter do maior produtor de rock dessa geração, Senhor Rick Bonadio, uma mensagem bem interessante aos que almejam um lugar de destaque em suas produções. “Detesto intelectuais, se você fugiu da escola aqui é o seu lugar”. São estes os jovens que hoje se tornaram ídolos dos adolescentes. Meninos que “fugiram da escola” não tem qualquer conhecimento do que se passa ao redor e buscam apenas a fama e o desejo de dar autógrafos e serem reconhecidos. Esse tipo de gente é mais fácil de manipular. Por outro lado, se o artista for essencialmente radical e achar que só com letras políticas e intelectualizadas atingirá a massa também cairá no mesmo equívoco. Por isso é que moldo minhas estratégias de uma forma muito peculiar, equilibrando os temas e vivendo meus personagens. Quanto a angustia de estar sozinho, eu falo na musica atual da banda que está tocando muito bem nas rádios “A solidão quem me ensinou a ser mais forte e a qualquer lugar eu vou sem medo”
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Qual tua relação com a religião atualmente?
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Freqüento centros de Umbanda, pois gosto de lidar com esse lado místico. Por outro lado meu lado Cético é muito forte pelo fato de estar conectado com a literatura e principalmente com a filosofia. Tem horas que me confundo, e nesses momentos uso Osho como referencia. Ele dia “Acredite apenas nas experiências que se passaram com você”. Sou um agnóstico curioso pelas manifestações sobrenaturais da humanidade. Afinal de contas, ninguém é o dono da verdade e como não há como provar nada, vou experimentando de tudo.
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Como é teu dia-a-dia e tua relação com a internet? Quanto tempo você passa por dia em redes sociais, ou navegando? E como você divide esse tempo com outras coisas?
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Escrevo para meu blog praticamente todos os dias. Tenho uma coluna no Jornal onde monitoro os comentários através da rede. Participo ativamente do Twitter e sou um dos moderadores da comunidade oficial do Detonautas no Orkut. Estou sempre atrás de algum conteúdo que possa agregar alguma reflexão nos meus objetivos. Contudo estive por alguns meses a beira de um colapso mental pelo uso excessivo e hoje procuro me dar um tempo mais determinado para estar diante do computador. Nenhum viciou é saudável e estava caminhando para alguma destas novas doenças do século XXI, a internet pode ser um grande problema se o usuário esquecer que existe o mundo real ali depois da porta.
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Para muitos músicos, gravar um disco e manter uma carreira é o projeto de vida em si. Para boa parte das bandas do Brasil, manter uma carreira, gravar discos, fazer shows, é uma batalha diária. Como você vê teu trabalho atualmente e os leões que todo artista tem que matar por dia?
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Não deixamos tudo nas mãos nem de empresários e nem da gravadora. Temos nossas frentes independentes atuando paralelamente para fortalecer o trabalho. Existem muitas dificuldades, mas existem muitos caminhos alternativos que são úteis para a oxigenação da banda. Busco frentes que muitas vezes são ignoradas pelos artistas que atendem apenas aos interesses de Rádios ou TVs de grande porte. Valorizamos o interior do país com nossa presença em meio a estes veículos de comunicação. Vamos deixar a internet de lado um pouco nesse momento, pois ela é a principal fonte de divulgação da banda e jamais podemos esquecer que a nossa fonte é a criação das musicas e os shows com o contato direto com o público é assim que você consegue não desaparecer nesse mar de conteúdos úteis e inúteis que povoa a cabeça das pessoas de hoje em dia.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Twibllogando

Tava quase tirando um cochilo. Quase sonhando e de repente ouvi muitos fogos de artifício. Achei que tinham prendido o Arruda, + foram só gols. ;-( . Fl...ngo. Arrrrg! Morro de nojo. Nem posso escrever o nome inteiro aqui, senão o nível cai muito. Acho que não era foguete. Tiro talvez?!

Tragam esse cara para o Brasil, RÁPIDO!!!!

Joe Arpaio é o xerife do Condado de Maricopa no Arizona já há bastante tempo e continua sendo re-eleito a cada nova eleição.
Ele criou a 'cadeia-acampamento', que são várias tendas de lona, cercadas por arame farpado e vigiado por guardas como numa prisão normal.
Baixou os custos da refeição para 40 centavos de dólar que os detentos, inclusive, têm de pagar.
Proibiu fumar, não permite a circulação de revistas pornográficas dentro da prisão e nem permite que os detentos pratiquem halterofilismo.
Começou a montar equipes de detentos que, acorrentados uns aos outros, (chain gangs), são levados à cidade para prestarem serviços para a comunidade e trabalhar nos projetos do condado.
Para não ser processado por discriminação racial, começou a montar equipes de detentas também, nos mesmos moldes das equipes de detentos.

Cortou a TV a cabo dos detentos, mas quando soube que TV a cabo nas prisões era uma determinação judicial, religou, mas só entra o canal do Tempo e da Disney.
Quando perguntado por que o canal do tempo, respondeu que era para os detentos saberem que temperatura vão enfrentar durante o dia quando estiverem prestando serviço na comunidade, trabalhando nas estradas, construções, etc.
Em 1994, cortou o café, alegando que além do baixo valor nutritivo, estava protegendo os próprios detentos e os guardas que já haviam sido atacados com café quente por outros detentos, sem falar na economia aos cofres públicos de quase US$ 100,000.00/ano.
Quando os detentos reclamaram, ele respondeu:- Isto aqui não é hotel 5 estrelas e se vocês não gostam, comportem-se como homens e não voltem mais.
Distribuiu uma série de vídeos religiosos aos prisioneiros e não permite quaisquer outros tipos de vídeo na prisão.
Perguntado se não teria alguns vídeos com o programa do partido democrata para distribuir aos detentos, respondeu que nem se tivesse, pois provavelmente essa era a causa da maioria dos presos ali estarem.
Com a temperatura batendo recordes a cada semana, uma agência de notícias publicou:
Com a temperatura atingindo 116º F (47º C), em Phoenix no Arizona, mais de 2000 detentos na prisão acampamento de Maricopa tiveram permissão de tirar o uniforme da prisão e ficar só de shorts, (cor-de-rosa), que os detentos recebem do governo.

Na última quarta feira, centenas de detentos estavam recolhidos às barracas, aonde a temperatura chegou a atingir a marca de 138º F (60º C).
Muitos com toalhas cor de rosa enroladas no pescoço estavam completamente encharcados de suor. Parece que a gente está dentro de um forno, disse James Zanzot que cumpriu pena nessas tendas por um ano.
Joe Arpaio, o xerife durão que inventou a prisão-acampamento, faz com que os detentos usem uniformes cor-de-rosa e não faz questão alguma de parecer simpático.
Diz ele aos detentos:- Nossos soldados estão no Iraque onde a temperatura atinge 120° F (50° C), vivem em tendas iguais a vocês, e ainda tem de usar fardamento, botinas, carregar todo o equipamento de soldado e, além de tudo, não cometeram crime algum como vocês, portanto calem a boca e parem de reclamar.
Se houvessem mais prisões como essa, talvez o número de criminosos e reincidentes diminuísse consideravelmente.
Criminosos têm de ser punidos pelos crimes que cometeram e não serem tratados a pão-de-ló, tendo do bom e melhor, até serem soltos pra voltar a cometer os mesmos crimes e voltar para a vida na prisão, cheia de regalias e reivindicações.
Muitos cidadãos honestos, cumpridores da lei, e pagadores de impostos não tem, por vezes, as mesmas regalias que esses bandidos têm na prisão.
(*) Artigo extraído e traduzido de um documentário da televisão Americana...
Os fatos acima são verídicos e a prisão-acampamento está em Maricopa - Arizona.Ajude a
divulgar, se achar que a idéia é boa!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Twibllogando

Tô sabendo que uma mina chinesa explodiu e matou mais de cem pessoas. Maldita gordinha hein!

Entrevista EMIR SADER

As características dos países na América Latina são bastante plurais. Existe essa pluralidade quando falamos das Ciências Sociais? Mesmo o Brasil passa por uma mudança significativa com a volta da obrigatoriedade da Sociologia e da Filosofia no ensino médio. Em que momento está essa área na AL?

Sader Passamos o pior momento que foi o do pensamento único, coisa que, na política, foi devastador. A "vitória" do campo ocidental capitalista sobre o chamado campo socialista significou também a imposição de um, e somente um, determinado esquema de análise. A visão dos campos socialistas enfatizava que a contradição fundamental era no campo econômico. Na visão ocidental capitalista, atualmente dominante, a contradição fundamental é entre democracia e totalitarismo. Nessa visão havia sido derrotado o totalitarismo nazista e depois foi derrotado o totalitarismo comunista. Agora a luta é contra o "totalitarismo terrorista", contra o "Eixo do Mal", etc.

E como quem ganha impõe sua visão de mundo, a Democracia Liberal agora é igual à Democracia; Economia Capitalista passou a ser sinônimo de Economia de Mercado e assim por diante. Esse liberalismo econômico também penetrou o meio acadêmico diminuindo a capacidade de visão crítica. Os esquemas de análise que surgiram no centro do capitalismo passaram a ter cada vez mais penetração na periferia. Ou seja, máximas como "civilização ou barbárie", ao que parece, passaram a ser mais aceitas.

A civilização, diga-se de passagem, é branca, capitalista, industrializada, democrata liberal. Uma visão que é perpetuada pela mídia e que desqualifica outros modelos. A AL está a meio caminho disso. Já tínhamos um complexo de sermos marginalizados, então uma parte da intelectualidade assume esse discurso do centro do capitalismo (para tentar, ilusoriamente, não ficar mais à margem), luta contra as cotas, absorve o preconceito contra o mundo islâmico, desqualifica a China, torce o nariz para a Bolívia. Isso tudo, veja, denota que há a importação de um modelo norteamericano, e isso não tem justificativa, mesmo porque essa postura não nos interessa.

Vou citar um caso recente como exemplo desse tipo de postura: o jogador de futebol Adriano, que optou em deixar seu salário astronômico em um time europeu para poder morar no Brasil. Ninguém acredita que ele fez isso porque é mais feliz perto da família. As pessoas acham que dinheiro e consumo são sinônimos de felicidade. Isso é o tipo de visão que estou falando e que permeia cada vez mais a mídia e a sociedade. Dá a ideia e a dimensão do perigo que é importar critérios de avaliação dos centros de poder. E esse é um dos papéis do cientista social: estar atento ao momento e se posicionar à altura e ajudar o cidadão a enxergar essas articulações, evidenciando as possibilidades de desarticulação e rearticulação desses esquemas e realidades.




FONTE: Caminhos da esquerda latino-americana
Cientista social reverenciado pela esquerda e atacado pela direita, Emir Sader aponta as contradições do capitalismo e diz que a solução para a crise vai em direção contrária à apologia do neoliberalismopor ENIO RODRIGO B. SILVA fotos LEANDRO FONSECA

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

AMOR DE LONGE

E se quiser recordar daquele nosso namoro
Quando eu ia viajar você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é d'ocê...
(Vital Farias)
Aqueles que nunca tiveram um relacionamento amoroso à distância provavelmente não entenderão muita coisa do que eu vou escrever nessa crônica, pois apenas quem já vivenciou uma experiência dessas sabe o quanto é sofrida. Entretanto, vou tentar explicar, por todas as vezes que vocês se depararem com uma pessoa reclamando da ausência da namorada(o), não começarem com aquelas frases super manjadas que não ajudam em nada a pessoa que sofre: “Ah, mas pelo menos quando vocês se encontram tudo é festa, nem tem tempo pra brigar.” Ou: “O tempo está passando rapidinho, logo o próximo feriado chega.” Ou ainda: “É bom que no período que ela está longe você pode curtir com os amigos.”

Apenas os que namoram à distância sabem o quanto essas frases são mentirosas. Chegam a irritar depois de ouvir algumas vezes! O tempo não está passando rapidinho coisa nenhuma; pode até passar rápido pra quem está com a namorada por perto, podendo ir ao cinema dia de semana à noite, mas quando a pessoa conta cada dia para o próximo encontro, o tempo dura uma eternidade! Chega até o Reveillon, mas o fim-de-semana em que vão se encontrar não chega nunca. Quando finalmente chega, aí o tempo VOOOOAAA! E reiniciamos a contagem regressiva até a próxima oportunidade.

Quando se tem namorada (não só à distância), sabe-se que sair com os amigos não é, nem de longe, tão divertido quanto seria na condição de solteiro. Quer saber por quê? Os amigos se separam em duas classes: solteiros e casais. Os que são solteiros geralmente vão xavecar. Já os casais não querem saber de vela, com exceção de que sejam outros casais. Sendo assim, quem namora à distância é um excluído da sociedade, um pária! Eu odeio segurar vela, dá até uma invejazinha. Também não gosto (e nem acho certo) paquerar outras pessoas. Por isso, acabo indo sozinho ao cinema. Lá não existem apenas casais e nem dá pra paquerar, neh? Mas isso só piora a saudade, pois lá é o local onde a namorada faz mais falta. Ninguém para dar beijinhos, ou pelo menos para dividir a pipoca, poxa!

Quem namora pelo telefone sabe a besteira que é essa história de ter menos brigas por causa da saudade. Pura ilusão de quem nunca precisou sofrer com uma situação como essas. Você, louco de paixão e super bem intencionado, confia na sua namorada, acreditando que ela só está lá tomando uma cervejinha com as amigas e sentindo tanta saudade de você quanto você dela. Mas aí então, chega aquele seu amigo ou aquele parente chato e te diz que ela, sem sombra de dúvida, está na farra, que você precisa ficar esperto! Vem aquela piriguete que te paquera no barzinho – em uma dessas tentativas que você fez de tentar sair com aquele seu amigo solteiro – e te pergunta – quando você fala pra ela dar o fora porque tem namorada – se você sabe o que a sua companheira está fazendo naquele momento. Aparece aquela sua amiga que já vivenciou uma situação parecida com a sua e manda você ficar de olho aberto e marcar o território, porque mulher quando bebe – mesmo que seja pouco – esquece de que tem compromisso. Depois desse bombardeio, é difícil deixar a confiança intacta, principalmente quando você liga pra casa dela e o seu cinhado avisa que ela saiu e que não sabe onde ela está. Você então tenta o celular e cai na caixa-postal. Por tudo isso, o valioso tempo dos encontros é perdido discutindo a relação, quando poderíamos estar repondo todo esse tempo que ficamos distantes.

E como é inconveniente a obrigação de ter que partir bem na hora que o namoro ta ficando bom. É sempre assim. Depois de separados por um tempo, quando vocês se encontram não é como se vocês tivessem se visto na noite anterior. Você precisa de um tempinho para reconhecer a pessoa. Você estranha ela um pouquinho. É como se toda vez que vocês se encontram fosse a primeira vez; volta tudo à estaca zero. Diversas coisas vêm à sua mente: “Esse vestido eu não conhecia ainda. Será que é novo?”, “No último encontro ela não tinha essa franja.”, “Que amiga nova é essa que eu não conheço?”, “Aprendeu uma palavra nova! Não conheço essa gíria.”. São coisinhas pequenas, mas que quem convive não precisa vivenciar, pois sabe de onde veio a palavra nova, acompanhou o corte de cabelo, ajudou a comprar o vestido, viu-a conhecer a nova amiga, ou amigo (o que é pior!). Você se acostuma e acaba até gostando das novidades. Mas aí você percebe que irá partir amanhã cedo. Até tudo se repetir no próximo encontro.

Só quem não tem a namorada por perto sabe como é difícil uma despedida. Mesmo que ela vá viajar apenas por alguns dias. Se vocês vivessem na mesma cidade, talvez nem se encontrassem nesse tempo, mas ao menos teriam a certeza de estar ali, a alguns metros ou poucos quilômetros de distância. Entretanto, ela só precisa fechar a bolsa de viagem para que o seu coração se feche também. O que acontece é que os momentos juntos são tão preciosos que dá pânico se separar. Medo da estrada, do ônibus, do futuro!

Quem passa a maior parte dos dias longe da namorada(o) sabe como fica fria a casa e a cama na segunda-feira depois de um fim de semana juntos. Com a tristeza e o vazio que fica, só resta abraçar o travesseiro, ainda com o perfume dela, e sonhar com o próximo encontro, torcendo para que ela volte rápido e fique mais.

Só quem namora desse jeito, à distância, longe, sabe que apesar das inúmeras dificuldades, o amor vale a pena. Porque quando ela chega tudo fica mais alegre. Os raros momentos são tão fortes que ficam arquivados na memória, nos alimentando até o próximo encontro. Além disso, só quem passa por essa situação sabe o quanto é gostoso esperar que um dia a distância se encurtará de vez e os encontros não terão data marcada pra terminar, necessidade e nem vontade de chegar ao fim...
DANI,
FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA PRINCESINHA. TE AMO MUUIIITO E SINTO MUITO A SUA FALTA!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Twibllogando

Procura-se alguém para rir das minhas piadas!!!

OBS.: Alguém percebeu que ta rolando uma enquete no Língua Presa? Vocês só precisam dar dois cliques para votar. Pow galera, vota aí neh!

Beijos linguarudos!

Careca? Eu?!

Está certo que este foi um ano desgastante. Basta me olhar no espelho. Acho que fiquei mais maduro. Tudo bem, estou acabado! Pronto falei. Entretanto, foi produtivo. Apesar de esperar muitas coisas e conquistas para 2009 ainda, ou talvez 2010. Todo desgaste é por experimentação, por maturação. Só tome cuidado para não madurar demais e ficar podre!
Apesar do desgaste físico e mental, eu iniciei um tratamento pra calvície este ano. Agora dei uma relaxada. Parei por um tempo. Mas notei resultados. Ano passado contabilizei a perda de treze mil quatrocentos e cinqüenta e sete fios de cabelo. Neste ano, a perda foi de apenas oito mil trezentos e quarenta e cinco. Uma melhora considerável. Estou acabado, mas ainda tenho cabelo!
Quando este estágio de perda de fios de cabelo se estabeleceu como uma condição da qual, no máximo, poderia administrar, entrei em crise existencial. Fiz terapia, procurei remédios, pensei até em transplante, implante, pensei em tudo que minha cabeça, ainda com cabelo, pudesse imaginar para sarar essa triste "Doença".
Eu já estava ficando meio paranóico com essa parada de ficar careca. Pensei em apelar para diversos santos e orixás. Pensei até em visitar uma tribo indígena da Amazônia. Se os índios entendem de plantação, e têm tantos conhecimentos a respeito de ervas, plantas entre outros derivados da natureza talvez pudessem me ajudar a reflorestar meu crânio. Isso me enfeitiçou de uma forma que eu estava mesmo determinado a juntar dinheiro e ir pra Amazônia. As poucas pessoas a quem contei o meu plano diziam que eu estava ficando doido e que isso tudo era ridículo. Mas alguém, por acaso, já viu algum índio careca???? Claro que não! Por quê? Porque eles são feiticeiros. Os malucos são danados, eu to dizendo!
Infelizmente fui dar ouvido a essas pessoas e o máximo que fiz foi acender algumas velas e procurar um dermatologista.
No final de 2008 resolvi ficar apenas com o tratamento médico e esperar o lento e doloroso processo de construção do meu aeroporto particular de mosquitos. Afinal, a minha genética parece não ter privilegiado o conteúdo externo do meu crânio mesmo, neh? Ainda assim, acordar todos os dias e ver os fiozinhos espalhados pelo travesseiro me dava uma dor no coração. Quando tomava banho e ia grudando aqueles fiozinhos que eu conseguia resgatar e colar no azulejo para no final os devolver ao lugar de onde saíram, uma angústia apertava meu peito, pois sabia que no primeiro ventinho eles seriam os mais apressados a partir.
Como poderei ser um astro do rock?
Como vou ter aquela cabeleira igual à do Jim Morrison?
Não tinha jeito mesmo. Meus fios se suicidavam sem nem ao menos se despedirem de mim. É como uma mãe que perde o seu filinho em meio a uma multidão e nunca mais o encontra, deixando buracos na alma.
Também não vou bancar o ridículo neh. Não vou usar bonés o tempo todo. Isso só iria adiantar o processo.
Já tive a idéia de ser franciscano também. Afinal, eles podem raspar a parte de cima do cabelo e ficar apenas com uma coroinha. Uma ótima desculpa para disfarçar a calvície. Mas pensei que não daria certo, pois ficaria com uma raiva danada daqueles rapazes que podem exibir uma linda juba, mas mesmo assim insistem em raspar e fazer aquela coroa de cabelo ridícula. Mas, pelo menos, virei devoto de São Francisco de Assis. Eu sei, muitos de vocês não devem acreditar, neh?
Confesso que adquiri um repúdio às fotografias. Adoro bater fotos, mas definitivamente, odiava posar pra elas. E ficava intrigado quando alguém me seguia, por pensar que estavam observando o clarão que eu pensava tomar conta da parte de trás de minha cabeça.
Às vezes eu tenho uma recaída e, neste final de semana, enquanto fiquei olhando as fotos dos meus ídolos pelo google, percebi que entre eles não haviam sequer nenhum careca e isso me feriu profundamente o coração.
A TV insistindo, as revistas impondo, tudo nessa vida é imagem. Todos os artistas vivem e sobrevivem de suas imagens.
A imagem é tudo. Não importa o quanto estúpido sejam essas celebridades, o quanto ignorantes ou indiferentes possam ser em seus desejos, suas abstrações, suas posições privilegiadas.
É claro que existe muita gente feia e burra pra caralho, mas aí já é feio e já ta fodido mesmo diante dos pré-julgamentos sociais vigentes. Que diferença faz ser burro, ignorante e tudo mais?
As pessoas não esperam muita coisa de gente feia. Esses que têm que se esforçar para demonstrar que não são apenas feios. E é claro que olhando de um panorama geral, os grandes escritores, filósofos, pessoas que mudaram o rumo do planeta Terra, têm características distantes do padrão de beleza que rege a existência humana.
Mas eu não sou um grande escritor, nem filósofo e nem vou conseguir mudar o rumo do planeta Terra. Sendo assim, precisava arrumar um jeito de manter a minha imagem, meus cabelos, minha auto-estima.
Já pensei também, em fazer como Hebert Vianna e assumir logo a ausência de fios capilares. Mas Herbert é um excelente guitarrista, faz letras incríveis, ninguém liga se ele é bonito ou feio, careca ou cabeludo. Herbert é competente. Além disso, eu completamente careca, poderia ser pego por Skinheads que iriam pensar que um negão estava tentando fazer piada com eles. Sem falar nas piadinhas neh. As menininhas não iriam mais gritar “Netto liiiiiindoOoOOOoOooooo!!!”. Ta bem, as menininhas não costumam gritar isso fora dos meus sonhos de Rockstar, mas mesmo assim isso me dava pesadelos a noite!
Talvez venha daí um pouco da inveja que tenho dos meninos EMOS. Hauahuahu. São tão fofinhos, graciosos, com olhar meigo e, é claro, os seus cabelos bonitinhos com as suas chapinhas que privilegiam, com certeza, essa estética que faz tanto sucesso entre o público infanto-juvenil atual.
Quer saber, parece que só cabe a mim estudar, ler e me tornar um careca interessante. É melhor esquecer de tentar ser sexy e sedutor e passar a cultivar mais a minha... inteligência? O foda é que nem tenho a barba completa pra deixar crescer.
Só me resta voltar à faculdade ou então fazer algum outro curso que me permita escrever algo interessante para que se desvie a atenção da imagem para o conteúdo.
Se nada der certo, eu faço um implante e apago este relato no futuro.
Me desejem sorte.
Snif.

Mas ainda dá pra curtir a vida de EMO um pouquinho se eu quiser. kkkkkk.

domingo, 22 de novembro de 2009

Nova foto:

Nova foto do perfil do Língua Presa:
COMENTE:

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O ainda desconhecido mas fantástico Jamie Cullum

Como meu primo elogiou as minhas dicas musicas do blog, resolvi colocar esta aqui para ele. Sei que ele é chegado num jazz e que também, assim como eu, é vidrado num rock. Então vini, ta aí. Aprecie sem moderação!
Jamie Cullum é um artista inglês que derrama talento. O trabalho do cara mescla composições próprias com covers majestosamente bem elaborados. Para se ter uma noção, Cullum já gravou de Cole Porter a Radiohead, passando por U2 e Jimi Hendrix. O mais bacana é que fica clara a intenção de Jamie em imprimir sua personalidade, sem tentar arrancar um sucesso às custas de outro artista.
Apesar de sua notoriedade mundo afora, o músico não é famoso no Brasil, porém já realizou uma turnê no país no segundo semestre de 2006, época que "Mind Trick" (uma canção sua) estava na trilha sonora da novela Belíssima. A marca de Jamie é o seu piano que traz um toque jazzístico e sempre acompanha sua música. Por isso, algumas pessoas definem o estilo de Cullum como Pop Jazz. Definições à parte, inquestionável mesmo é o seu talento, que, um dia, poderei conferir em uma performance ao vivo. Aqui fica uma amostra de um dos seus ótimos covers. Pra quem não o conhece, vale a pena!


>Wind Cries Mary (de Jimi Hendrix)
http://www.youtube.com/watch?v=O0lXY8AWO_A
>A mais recente empreitada de Jamie: Don´t stop the music (de Rihanna). olha o que esse cara fez com a música da Rihanna. Fabuloso!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Aqualung


Aí vai uma dica musical. Ainda não conheço muito bem o trabalho desta banda mas, pelo pouco que vi, já estou adorando! Ouvi a banda britânica "Aqualung" tocando no final de um filme, "De Repente é Amor", provavelmente todo mundo já assistiu. Adorei o estilo e passei a pesquisar sobre eles na internet. O seu maior sucesso, "Brighter than sunshine", tem um som que me faz relaxar, viajar. Quando escutei essa música, me veio gostos, cheiros e cores fantásticas em meus sentidos. Talvez eu até esteja exagerando, pela empolgação do momento, maz Aqualung realmente é muito bom!
Veja o clipe de "Brighter than sunshine":
Aqui vai o nome de outras bandas que, de acordo com a opinião de alguns internautas, se parecem com Aqualung. Elas estão em ordem de semelhança.
>Athlete
>Cary Brothers
>The Perishers
>Pete Yorn
>Thirteen Senses
>Snow Patrol
>Rachael Yamagata
>Joseph Arthur
>Badly Drawn Boy
>Landon Pigg
>Kubb
>Guillemots
>Ben Kweller
>Sparklehorse
>Air Traffic
>Turin Brakes
>Alexi Murdoch
>Keane
>Citizen Cope
>Augustana

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Twibllogando

Me diverti muito assistindo a um canal de comédia que eu encontrei esses dias. "TV Senado". Conhece???

domingo, 15 de novembro de 2009

Vem pra cá

NETTO PRODUÇÕES apresenta:

Mais uma produção independente de Wilman de Cravalho Netto.

MÚSICA: Vem pra cá - Papas da Língua.

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma breve análise do tempo

Já percebeu como o tempo parece passar bem mais devagar quando a gente é criança? Não dá pra explicar, mas quando eu tinha oito anos de idade parecia que eu já tinha vivido tanto tempo! Como demorava chegar à idade em que eu poderia fazer tudo. Dirigir!
Hoje eu tenho a idade em que se pode “fazer tudo”. Já dirijo, já moro fora de casa, já namoro – pra isso não foi preciso esperar essa tal idade – e já posso até ser preso. Enfim, já sou um homem e, no entanto, não faço nada! Seria capaz de fazer loucuras para poder voltar a ser criança. Acho que estou com aquela “famosa” Síndrome de Peter Pan (é assim que escreve?).
Não tenho mais TV paga em casa e sou obrigado a assistir aos canais abertos, daí estava eu, em minha sala, assistindo à novela das oito – mas que sempre passa as nove – e, cara, tem dois personagens na trama que a vida deles é viajar pelo mundo, conhecendo lugares, culturas. Esses sujeitos não trabalham? Onde eles arrumam dinheiro? Ai, que inveja!
Estou falando isso porque acho que o tempo passa devagar para as crianças devido ao fato de não trabalharem, não terem preocupações e a única correria que precisam enfrentar é a das ruas, com o pique esconde ou com a bola de futebol no pé. Então, como se já não bastasse esses caras da novela passearem pelo mundo todo, curtindo a vida, eles ainda são como crianças, que sentem o tempo passar lento e assim podem aproveitar ainda mais?! Isso tudo me parece tão cruel!
Penso que a sensação cronológica das crianças deve ser mais lenta porque ainda viveram pouco e, se parar pra refletir, isso é a vida inteira deles. Mas se eu, aos vinte anos de idade, sinto isso e já não tenho tempo para fazer metade das coisas que queria, como será quando eu tiver oitenta?
Acho melhor parar de pensar nessas coisas, senão vou precisar aumentar as consultas com minha terapeuta. Melhor continuar esperando que alguma alma generosa e genial invente a tão sonhada máquina do tempo, para que eu possa reviver os meus oito anos sempre que quiser.

Twibllogando

Eu sabia que era só eu fazer um regiminho pro meu orkut voltar a marcar 90% sexy! Será que consigo ficar 100%???

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fernanda Young: "Fiz a Playboy porque eu queria ganhar a roupa da coelhinha"

Apresentadora é capa de novembro da revista
Flávia Faccini
Fernanda Young, capa da "Playboy" de novembro, aparece em fotos divulgadas pela publicação masculina nesta sexta-feira (7). A apresentadora se reuniu com os jornalistas, em São Paulo, para divulgar a revista.
"Eu fiz a 'Playboy' porque eu queria ganhar a roupa da coelhinha, é um símbolo de sensualidade. Quis fazer porque as mulheres que posam nua hoje em dia não me representam. Resolvi posar nua para resgatar um erotismo em que eu não estava sendo representada", afirmou Fernanda durante a coletiva.
A apresentadora também disse discordar de outras estrelas da capa que afirma que trata-se de um trabalho artístico. "Não quis fazer arte, não é arte. Acho um saco isso. É bem feito, é bem cuidado, mas é erótico. E não pedi para sombrearem meu púbis, como tantas fazem. Acho natural mostrar", afirmou.
"Fazendo o ensaio, eu descobri que estou bem à beça. Gente, não sabia que estava com o corpo tão bom. O corpo está verdadeiro, eu pedi que fosse usado pouquíssimo Photoshop para não perder a textura da minha pele.Tiraram apenas as estrias e as cicatrizes da cirurgia nos seios", admitiu.
Fernanda mostrou seu bom humor durante a entrevista. "Resolvi aceitar [o convite de posar nua] para não me arrepender de não ter feito, mas é claro que eu já me arrependi ", brincou.
"Vou fazer 40 anos e isso sim é meia-idade, não 60 anos, afinal, ninguém vive 120 anos, não é? Daqui pra frente, a coisa vai cair e que bom que eu pude fazer agora", afirmou a apresentadora, referindo-se ao seu corpo.
Ela também falou com bom humor sobre os objetivos do ensaio. "Fiz o ensaio porque quero que uns três babacas vejam o que perderam. Eu sou vingativa", brincou. "Minha 'Playboy' é o projeto Kelly Key, pra dizer 'Baba Baby' pros três babacas que me deixaram", disse.Mãe de três meninas, ela contou que as garotas acompanharam o processo do ensaio. "Minhas filhas acompanharam e viram as fotos que foram divulgadas. Uma delas não queria, mas eu não permitiria que ela me impedisse. Tenho certeza que vão entender. Elas vão ter que lidar com piadas de mau gosto, mas essa não é a coisa mais estranha que eu já fiz ", disse. "Acho meus livros muito mais graves do que posar nua", completou.
A apresentadora também admitiu que está adotando mais uma criança, um garoto chamado John, de quem, por enquanto, tem a guarda provisória. Ela disse que teve medo que o ensaio prejudicasse o processo de adoção. "Conto com o apoio da imprensa para evitar que alguém ache que eu não posso ser uma boa mãe só porque fiz fotos nuas", disse.
Fernanda também falou sobre a marido, Alexandre Machado. "Ele está achando curiosíssimo ser casado com uma coelhinha a essa altura do campeonato. Ele me conhece desde os 17 anos e, agora, deparou comigo coelhinha aos 40", disse.
Fernanda também comentou o que a deixa preocupada: "Minha maior preocupação é com o porteiro do meu prédio. Acho que eu vou travar se ele me chamar de gostosa".

Quem Fernanda quer ver
Durante a entrevista, Fernanda comentou quais mulheres tem vontade de ver na "Playboy". "Gostaria de ver a Fernanda Torres e a Angélica. Ela é tão doce, queria ver como a Angélica é. E a Ivete Sangalo também."
"Sou consumidora de 'Playboy', já comprei várias, mas de um tempo para cá perdi o interesse. Espero que meu ensaio resgate o interesse de algumas mulheres, que elas se sintam representadas", completou.

Sobre as ex-BBBs
A apresentadora também comentou sobre a "Playboy" de ex-BBBs. "Nao gostei da 'Playboy' da Priscila [Pires], mas gostei da Francine [Piaia]", afirmou. "Seria muito bom para o Brasil se eu vendesse mais que todas as BBBs, porque elas sao todas retocadas. Elas saem direto da clínica. Vocês não entendendo o que que é aquilo", alfinetou.Fernanda não economizou comentários sobre edições anteriores da revista. "Mulher Melancia. Eu acho aquilo... Eu nem sei o que falar. Eu vou dizer: 'É uma loucura'. Mas eu até gostei do ensaio em que ela posa como Marilyn. E obviamente, ela não tem que levar minha opinião a sério".

Fotos favoritas
"As fotos em que eu apareço com a mangueira e com a gaiola são as minhas preferidas. A principio eu não gostava dessa foto, porque foi ideia do Bob Wolfenson [fotógrafo]. Mas ficou linda e foi bom para eu aprender a deixar de ser implicante. Também tem uma foto em que eu poso ao lado da Sher, a moca que faz meus corselets."Ela também contou o que fez antes de iniciar a sessão de fotos. "Bebi cerveja antes do ensaio, mas nada que eu nao faça normalmente, que não seja o meu dia a dia."Fernanda também comentou a comparação fãs da "Playboy" sobre uma possível semelhança com a atriz Penélope Cruz. "Não me acho absolutamente parecida com ela. Mas talvez tenha um quê da sensualidade. Mas eu sou mais branca", disse.O ensaio é inspirado em uma mulher que espera um amante, a espera do encontro amoroso, até que fica claro que ele não vem. "Tem um pouco de 'De Olhos bem Fechados', de Nicole Kidman, de Catherine Deneuve em 'Fome de Viver', de Grace Kelly", considerou.

“Quis ser gostosa, mas não sou”
A apresentadora também comentou os corselts que tem sido presença constante no seu figurino. “Não perdi cintura com o corselet não. É que dá a impressão de estar com mais cintura porque ele dá uma reorganizada no corpo. Eu tinha o corpo reto e deu uma afinada. Eu não era assim uma Daniela Mercury, mas tinha o corpo reto”, alfinetou. Fernanda também falou sobre o uso de perucas. “Agora, além dos corselets, quero estimular o uso das perucas. Já quis ter bunda, mas desisti. Já quis ser morena e também não deu certo. Loira também fiquei horrível. Quis ser gostosa, mas efetivamente não sou. Quando eu fiquei, não achei legal. Só aceitei que ser gostosa é legal há uns dois anos. Ao mesmo tempo, as minhas amigas que eram gostosas na adolescência estão uns cacos”.

Sobre a mãe
“Minha mãe definitivamente não está nada contente com o ensaio. Não faço isso contra ela, embora seja engraçado provocá-la. Se eu pudesse ser uma pessoa comum só para fazê-la feliz, eu faria. Mas não posso. É um caminho sem volta”.


Recentemente, em seu “Twitter”, Fernanda listou 10 motivos que a levaram a aceitar o convite. Confira:
- “Salvar o erotismo das mãos da breguice”
- “Não devo nada a ninguém”
- “Em alguns lugares do mundo, mulheres ainda são obrigadas a tampar seus corpos”
- “Vingança pura e simples”
- “Nos meus livros, eu me exponho mil vezes mais”
- “Vou fazer 40 anos ano que vem”
- “Irritar a minha mãe”
- “Estou me lixando para o que os idiotas vão achar”
- “É a primeira vez na história que a coelhinha da Playboy tem 8 romances publicados”
- “Não existem ex-BBBs suficientes (aleluia)”

FONTE:http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI103226-9531,00-FERNANDA+YOUNG+FIZ+PLAYBOY+PORQUE+EU+QUERIA+GANHAR+A+ROUPA+DA+COELHINHA.html

Olha só, até eu que nunca comprei uma playboy - eu sei, eu também não acreditaria se me ouvisse dizendo isso - fiz questão de comprar! Galera, quero ver todo mundo comprando hein. As garotas também. Vamos pegar carona na ousadia e irreverência de Fernanda Young para tentar mudar um pouco a mentalidade do Brasil.
Beijos linguarudos.



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Twibllogando

Que loucura esta coisa de apagão, né?! Tinha velas no banheiro de meu apartamento. Nunca antes na história de minha vida havia dado uma cagada tão romântica!

Twibllogando

TRAVA LÍNGUA

"Se o Arcebispo-Bispo de Constantinopla a quisesse desconstantinoplizar, não haveria desconstantinoplizador que a desconstantinopllizasse desconstantinoplizadoramente."

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Esperando que a lâmpada se acenda!

Estou em busca de ideias!
Alguma sugestão???

Twibllogando

"De que modo o mundo estoura, com discurso ou com ação?"
Fruto Sagrado.

sábado, 7 de novembro de 2009

Twibllogando

Tenho visto em alguns sites, notícias sobre a celulite de algumas celebridades. Bem, prefiro celulite a mulheres de borracha.
De tudo que há no mundo
Tenho apenas um desejo:
Eu quero te dar um beijo.

domingo, 1 de novembro de 2009

Tirinha de domingo - Mafalda

Clique na imagem para ampliar.

Twibllogando

Ouvindo algumas músicas de anos atrás para lembrar sentimentos esquecidos no passado.
Não sei falar do meu mudo
Não sei ouvir o meu surdo
Não sei ver o meu olhar
Não consigo
Nem me imaginar.

Ciúme vai do tipo controlado ao explosivo

O sentimento que pode ajudar a "temperar" a relação é o mesmo que leva a situações extremas. Qual é o seu tipo?
Explosivo, controlado, sufocado e passional. Esses são alguns dos tipos de ciúme apontados por especialistas como os mais comuns. É um sentimento complexo que anda de mãos dadas com outros componetes, como insegurança, ameaça, e inveja.
Segundo o psicólogo, psicanalista e membro do Conselho Regional de Psicologia Carlos Santos, todos se enquadram em algum tipo de conduta quando o assunto é ciúme. E isso vem de longe na história da humanidade.
Na famosa obra "Otelo", por exemplo, William Shakespeare descreve o sentimento como "um monstro de olhos verdes". Sua beleza está presente quando é colocado com sabedoria e na medida certa, temperando a relação.
Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Berkeley, na Califórina (EUA), quatro em cada 10 entrevistados disseram que vêem o ciúme como uma prova de amor, o que demonstra mais ainda que o monstro de olhos verdes tem lá o seu charme.
Mas o demônio citado por Shakespeare pode atacar quando o tempero passa do ponto. Neste casa, o casal deve agir em conjunto para evitar que a situaçãosaia do controle.
"O casal pode procurar uma terapia juntos, o que ajudará a descobrir o que afeta a relação. Mas quem é alvo do ciúme também deve procurar saber por que desperta tanto esse sentimento no parceiro e tentar se colocar no lugar dele". Explicou o psicólogo Jorge Nogueira.
Como aind anão inventaram uma pílula mágica contra o ciúme, o melhor mesmo é conhecer o parceiroe cultivar o companheirismo e a confiançana relação.
"Auto estima é fundamental"
Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza, frequentemente se torna vaga e imprecisa.
As dúvidas podem se transformar em ideiassupervalorizadas ou delirantes.
Na tentativa de aliviar esse sentimento, a pessoa é levada à verificação compulsiva de suas dúvidas, chegando a atitudes absurdas que na maioria das vezes não amenizam o mal-estar.
Sua manifestação está sempre muito próxima à ansiedade e pode assumir diagnóstico grave ao persistir durante muito tempo. É fundamental desenvolver a auto-estima e a autoconfiança, e fazer com que a pessoa encontre o seu centro e se realinhe com sua própria vida.
Dessa forma, ela irá desmistificar crenças, o que proporcionará maior diálogo e intimidade para o casal afetado.
Cláudia Calil, psicóloga em medicina psicosomática e sistemas de crenças.

Tipos de ciúme:

Sufocado

Há aquelas pessoas que preferem sofrer sozinhas a encarar o ciúme de frente. Algumas já caem logo fora da relação, sem ao menos tentar conversar com o parceiro.
Reprimir muito os sentimentos e não expor o que lhe incomoda para o companheiro pode não só prejudicar a relação a longo prazo, como também levar à depressão, segundo os especialistas.

Controlado

Sem descer do salto ou abaixar a cabeça, a pessoa enciumada prefere conferir de perto a situação antes de tomar qualquer atitude precipitada. Se você consegue ter este domínio, parabéns! Mas nada de chegar em casa descontando toda a raiva reprimida no parceiro.
Conversar antes de fazer qualquer acusação que pode não ter fundamento é a atitude mais saudável para a relação.
Explosivo
Este é o típico ciúme capaz de provocar o maior barraco. As pessoas enciumadas que se enquadram nesta situação geralmente deixam a emoção tomar conta da razão, mesmo quando não têm nenhum motivo para o escândalo.
A estudante de fisioterapia Flávia Guimarães, 20 anos, não esconde o ciúme que sente. "Cheguei à academia e vi meu namorado todo de papo com uma menina. Não pensei duas vezes e peguei o rodo que estava na porta e ataquei. Sorte que ele não se machucou. Eu sou assim mesmo, explosiva", disse.
Passional

A texana Clara Harris pegou 20 anos de prisão após ter matado o marido atropelado. Segundo ela, tudo não passou de um acidente, mas a versão não convenceu, já que a acusada passou três vezes com o carro por cima do coitado.
Quando o ciúme chega aos extremos é porque já passou da hora de procurar um especialista. Pesquisas nos Estados Unidos indicaram que um terço dos assassinatos são motivados pelo ciúme.

O ciúme DELA:

A mulher sofre mais diante da possibilidade do parceiro se apaixonar por outra e de ser abandonada. Ou seja, o problema não é só ter feito sexo com outra mulher, mas a ameaça de que ele possa vir a se relacionar afetivamente com a outra.

O ciúme DELE:

O homem não sabe lidar com a ideia de que a sua parceira possa estar mantendo relações sexuais com outro. Isso porque ele associa o relacionamento ao sentimento de posse, além do medo de ser comparado com outros homens.

Onde surgiu a expressão par de chifres?

A expressão pode ter origem na Grécia antiga, quando as leis puniam os maridos traídos, obrigando-os a andarem com um chapéu de chifres pela cidade. Que mico!